domingo, 19 de abril de 2009


A palavra “Bully” é de origem inglesa e significa “VALENTÃO”. A maioria das pessoas imagina que Bullying é simplesmente uma prática que se resume a apelidos pejorativos a colegas de escola. No entanto, esse conceito é bem mais amplo do que se pode imaginar. Bullying é um termo que abranger todas as atitudes agressivas, com intenção e com freqüência, que ocorrem sem motivação visualmente justificada, praticada por um ou uns estudantes contra outro(s). Essas atitudes causam dor e angústia, por ser realizada na maioria das vezes numa relação desigual. O desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas é uma característica, desta forma, este comportamento pode acorrer em vários ambientes, como escola, universidades, no trabalho e até mesmo na comunidade. Por não existir uma palavra na língua portuguesa capaz de expressar todas as situações de BULLYING, aqui estão alguns exemplos de significados: colocar apelidos, ofender, zoar, gozar, humilhar, agredir, aterrorizar, intimidar entre outros.

 

ONDE OCORRE O BULLYNG?

 

O bullying é encontrado em qualquer escola de qualquer parte do mundo. Esse ato não é privilégio de escolas públicas, privadas, rural ou urbana. Ou seja, qualquer escola pode ser palco para alunos que praticam Bullying (os valentões). Podemos dizer que existem escolas que desconhecem o problema ou se nega a enfrentá-lo, mas afirmar que não existe essa prática é difícil.

Os alunos se envolvem com o Bullying, independentemente da sua atuação, existem algumas características que são: os alvos que sofrem, os alvos e autores que ora sofrem ora praticam, os autores que só praticam e os que são testemunhas que não sofrem nem praticam Bullying.

Segundo o levantamento realizado pelo Canal de Informações sobre os direitos da Criança e do Adolescente – O Observatório da Infância, que tem como editor Drº Lauro Monteiro, Médico Pediatra. Os alunos que praticam o Bullying, geralmente são de famílias desestruturadas, com pouco relacionamento afetivo entre os familiares. São filhos de pais que usam da agressão para resolver os conflitos existentes dentro de casa. Pais que têm a concepção de que para criar uma criança pronta enfrentar a vida não pode ser com moleza, tem que ser com muita dureza.

Os alvos são membros de grupos que têm auto-estima baixa, não conseguem desenvolver habilidades para reagir de forma que acabe com os atos contra si, possuem um forte sentimento de insegurança que os impede de solicitar ajuda.

As testemunhas, não são apenas testemunhas. Elas representam a maior parte do grupo, vivencia todas as ações violentas e ficam caladas pelo o medo de se tornarem a próxima vitima.

Percebe-se o Bullying na educação infantil, aos três anos já aparece alguma característica que se pode identificar como bullying. No entanto, não podemos dizer que tudo é Bullying, é preciso conhecer muito bem sua característica para poder identificar, perceber que as ações acontecem freqüentemente e com a mesma vítima.

Portanto, assim que os pais identificarem que seus filhos estão sofrendo essas agressões é preciso que a escola seja procurada com a maior urgência. E a criança vítima, precisa de muito carinho e atenção que se sinta amada e segura, para que assim ela possa elevar a cada dia sua auto-estima.  

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

 

O Bullying é um problema que merece atenção dos educadores, familiares e comunidade. O papel do professor é de conhecer em primeiro lugar as conseqüências que o Bullying pode trazer as crianças vítimas, para assim prevenir e combater este problema na sala de aula. O professor tem o dever de passar para os alunos a importância do respeito mútuo, do diálogo, da justiça, da solidariedade, trabalhar com as diferenças e os direitos das crianças em sua sala de aula.